Estudar no estrangeiro ou fazer uma grande viagem internacional pode ser, sem dúvida, uma das experiências mais incríveis da vida, especialmente quando acontece pela primeira vez.
Já no que toca aos pais, estes podem ter pela frente muitas noites sem dormir à conta de uma aventura como esta. Seja qual for a idade do seu filho, é natural que sinta ansiedade, perante a perspetiva de o ver partir para conhecer o mundo depois do secundário ou já na faculdade, no âmbito do Programa Erasmus+.
Analisámos os receios mais comuns dos pais, quando os seus filhos vão viver ou viajar para o estrangeiro, bem como as medidas que podem tomar de modo a garantir que eles permanecem saudáveis, seguros e felizes, mesmo à distância.
Lidar com os receios mais habituais
A preocupação com o bem-estar dos filhos, por muito crescidos que sejam, é uma experiência partilhada por todos os pais. Mesmo conhecendo os benefícios das viagens internacionais – que, decerto, os ajudam a desenvolver confiança, maturidade e independência –, é difícil não nos preocuparmos com os potenciais riscos.
Alguns dos receios mais comuns incluem a possibilidade de serem assaltados ou feridos, ou referem-se ao seu sustento financeiro. O bem-estar emocional dos filhos pode também ser causa de apreensão para alguns pais, particularmente, quando eles se encontram em países com uma cultura diferente ou uma língua que não dominam. Tendo em conta que tal pode conduzir ao isolamento social.
Em primeiro lugar, é importante adotar uma atitude realista, quanto às suas preocupações, e evitar pensar em cenários mais dramáticos. Há diversos países em que a segurança está ao nível da de Portugal.
Pode sempre consultar o Índice Global da Paz e as estatísticas da criminalidade local, para confirmar o nível de segurança do país em questão. Poderá constatar, por exemplo, que a Eslovénia é, estatisticamente, mais segura que a Austrália.
Prepare-se com antecedência
Como em muitas situações da vida, a melhor coisa que pode fazer, para limitar as suas preocupações, é preparar-se com antecedência. Esta preparação pode passar por ajudar o seu filho a encontrar um lugar seguro para morar, com base nas estatísticas policiais e criminais locais e em recomendações acessíveis na Internet.
Pode também optar por comprar um alarme pessoal, que o seu filho ativa no caso de ser vítima de um assalto ou ataque.
Caso pareça adequado a ambos, pondere inscrevê-lo, antes da sua partida, numa formação que o ajude a desenvolver competências úteis, incluindo aulas de defesa pessoal, a língua do país de destino, orçamentação ou mesmo competências básicas, como cozinhar.
Partilhe os seus receios com o seu filho, para que juntos possam elaborar planos de contingência. Pesquise o destino e descubra quais serão os riscos potenciais mais prováveis. Tome nota dos principais serviços de emergência e de como aceder aos mesmos.
Caso se trate de uma viagem com vários destinos em vista, certifique-se de que essa pesquisa inclui todos os países a visitar.
Durante a estadia do seu filho no estrangeiro
Peça-lhe que o mantenha informado sobre o local onde está alojado e, idealmente, os detalhes de um contacto de emergência, como por exemplo, o de um colega de apartamento ou um amigo com quem esteja a viajar.
Combine um horário de contacto regular – por exemplo através de uma mensagem por telemóvel por dia, para confirmar que está tudo bem, ou de uma chamada de dois em dois dias. Se ambos estiverem à vontade com a ideia, pode também usar uma app (por exemplo a Find my Friends) para se manter a par da sua localização.
Em relação a preocupações financeiras, certifique-se de que existe uma forma de o seu filho ter acesso a fundos de emergência em caso de necessidade (nomeadamente, usando um cartão de crédito para o efeito).
Q&A: Que cobertura de seguro devo ter?
Os seus filhos estão cobertos pelo seu plano familiar, ou pensou subscrever um seguro independente, para os proteger nas suas viagens? Seja qual for a situação, os conselhos que aqui lhe trazemos são importantes e irão ajudá-lo a fazer a escolha acertada.